Dois pés esquerdos!
Porque nem sempre a vida é perfeita, mas não deixamos de caminhar em frente, mesmo que seja com dois pés esquerdos!
Descalça...
Segunda-feira, 31.03.08
Pés descalços, caminho,
sinto pedras e cardos,
contorço-me de dor,
continuo a caminhar!
Não há quem me acompanhe,
ou quem me impeça de andar,
esta jornada que sigo,
que um dia irá terminar!
As marcas que ficam,
como tatuagens permanecerão,
ficam só e apenas nos pés,
nunca neste coração!
De tudo já pisei,
nestes trilhos que vivi,
brasas e espinhos,
que nem sequer senti!
Desta vida que levo,
de solidão acompanhada,
com dois pés esquerdos,
mas nunca desamparada!
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4 comentários
De Jorge Soares a 31.03.2008 às 08:56
Olá
Dedicado a ti:
Eis que temos aqui a Poesia,
a grande Poesia.
Que não oferece signos
nem linguagem específica, não respeita
sequer os limites do idioma. Ela flui, como um rio.
como o sangue nas artérias,
tão espontânea que nem se sabe como foi escrita.
E ao mesmo tempo tão elaborada -
feito uma flor na sua perfeição minuciosa,
um cristal que se arranca da terra
já dentro da geometria impecável
da sua lapidação.'
Poema de Rachel queiroz
Um enorme beijinho e por favor continua!
Dedicado a ti:
Eis que temos aqui a Poesia,
a grande Poesia.
Que não oferece signos
nem linguagem específica, não respeita
sequer os limites do idioma. Ela flui, como um rio.
como o sangue nas artérias,
tão espontânea que nem se sabe como foi escrita.
E ao mesmo tempo tão elaborada -
feito uma flor na sua perfeição minuciosa,
um cristal que se arranca da terra
já dentro da geometria impecável
da sua lapidação.'
Poema de Rachel queiroz
Um enorme beijinho e por favor continua!
De Dona das Chaves a 31.03.2008 às 13:08
Obrigado, Jorge! Continuo claro que sim! Ainda agora comecei, muito está para vir aí!
beijnho
beijnho
De um dos de mim a 31.03.2008 às 17:28
Aparentemente, os trilhos pelos quais em descalças passadas caminhaste... calejaram, marcaram, e quem sabe até, sangraram esses teus canhotos pés...
Apesar de tudo, e entre espinhos e brasas, cardos e pedras aguçadas, lêem-se também macios terrenos e suaves paisagens de verdes tapetes estendidos pelos quais os teus pés deambularam...
Dizes que não marcaram o coração... e é bom saber (mesmo sem te conhecer) que o resguardas, das cicatrizes que deixam na pele, memórias da vida... da caminhada!
(Não deixes é que o endurecimento da pele, ao se cobrir de rudes cicatrizes, se torne na prisão daquilo que mais quis proteger.)
Fica bem Pés...
Apesar de tudo, e entre espinhos e brasas, cardos e pedras aguçadas, lêem-se também macios terrenos e suaves paisagens de verdes tapetes estendidos pelos quais os teus pés deambularam...
Dizes que não marcaram o coração... e é bom saber (mesmo sem te conhecer) que o resguardas, das cicatrizes que deixam na pele, memórias da vida... da caminhada!
(Não deixes é que o endurecimento da pele, ao se cobrir de rudes cicatrizes, se torne na prisão daquilo que mais quis proteger.)
Fica bem Pés...
De Dona das Chaves a 31.03.2008 às 23:43
Terei de o resguardar! Só assim evitarei o confronto dele com a razão! A razão que anda de mãos dadas com o coração, impedindo-o muitas vezes de sair marcado, quer pelas brasas, pelos espinhos, ou pelas pedras do caminho! Assim continuo a caminhar com dois pés esquerdos como se nada de diferente esta vida tivesse para me dar!
A caminhar, sempre a caminhar...
A caminhar, sempre a caminhar...